Friday, November 17, 2006

Vernissage no Bunkier

Imaginando-me dentro das minhas obrigações como designer em formato de voluntariado, subsidiado, a ver vamos quando, fui com clareza e abertura de espírito a uma inauguração da nova expo no Bunkier. Esta veio completar os dois espaçõs periféricos da galeria, uma vez que o malfadado world press photo se encontra nas salas centrais, com no 1º andar um sr Lituano eimantas Narkevičius, com piquenas fotos de paisagens e espaços vazios contextualizadas com títulos enunciadores de uma acção em espera, assim como umas bonecadas em grafite mal contextualizadas, e também uns videos. Na cave, a Galeria Dolna, está agraciada com o trabalho de um, penso eu, Israelita Shahram Entekhabi que se inclui dentro de uma série de exposições chamadas transkultura, onde artistas de um pouco de todo lado são convidados para fazerem instalações, ou se preferírem, ocuparem a galeria a seu gosto, explorando o tema migração, emigração, e imigração. Este colega tem um paralelipípedo enorme à entrada com a palavra home recortada em ferro sobre uma caixa de luz, e tem um mapa do espaço desenhado a caneta para orientar o pessoal, que sinceramente estava muito engraçado, de seguida tem um espelho com 2m por 1m todo iluminado à volta com lâmpadas de 25w. O resto do trabalho (até agora eram só entroitos), são 5 videos onde o colega encarna 5 personagens, potenciais imigrantes e filma os mesmos em HD em cidades e assim, complementando com um video de estudio onde se disfarça de bombista cubano.
Se querem realmente saber, os últimos parágrafos não pretendem ser a motivação para a escrita deste post. O que se passou depois da inauguração é que é relevante, pena não ter máquina para o registar, à saída a directora pergunta-me já tem convite? E eu não, e espeta-me um convite para Às 7 e meia no café do museu. Ocapas. Vou buscar a arroz de cabidela que estava na bonecada em animação e pimbas, vamos que se faz tarde. A piquena põe o braço à volta do meu e entramos para um buffet gigantesco, cheio de queijos, saladas muito boas, salames e carninhas de qualidade, pão muito pão, e vinho estranhamente bom, tudo à pala. Empaturramo-nos até à exaustão, foi meia horinha dura, marcação cerrada, sentadinhos na mesita tarreca colada ao buffet, sempre à espreita do próximo carregamento de vinho. Foi um ver se te havias.

Deus abençoe a cultura.

3 comments:

coxinhas de frango said...

ja tinha saudades de ler textos teus.
ocapas. vamos que ja se faz tarde...
expressoes dessas sao do melhor que tem portugal.

Andre (Nené) Alves said...

fat bums

frangoangolana said...

isso meninas, issso, comam muito que depois nao tem coragem de ir ate a praia mostrar as banhas.


este comentario deriva da inveja que senti ao ler este post, mas depois pensando melhor, ontem tive uma noite mais interessante :p