Ontem:
Alguem reparou que estava um corvo a atacar um pombo la fora. Fomos todos para a janela ve-lo arrancar pedacos da asa do bichito, espalhando penas e esguichos de sangue pelo asfalto do parque de estacionamento.
Lembrou-me de uma das cenas no hannibal rising (visto como parte do misha weekend, aqui documentado antes. Aproveito para nao recomendar a ninguem a nao ser para apenas apreciar o actor principal ou a actriz japonesa.)
Depois de expressarmos simpatias com o pombo, alguns ahhs e awws, e comentarios sobre a crueldade desta vida voltamos aos computadores. Afinal deadlines sao deadlines.
Passado pouco tempo fui ver como corria o cenario national geographic. O pombo estava la, sentado muito apertado sobre si mesmo, mas daqui do segundo andar parecia que ainda estava vivo.
Sugeriu-se que fossemos la busca-lo. Para tentar cura-lo? perguntei. Depois de pensarem durante alguns instantes a opiniao geral era que alguem devia mata-lo para o pombo nao ficar ali a sofrer mais. Ficamos a janela a ver pessoas e carros a passarem pelo bicho sem ninguem fazer nada, nem sequer pareciam reparar.
Quando cheguei la em baixo percebi que o pombo era mto maior do que estava a espera. Eu nao tenho uma mente nada maqueavelica, e como nao queria pegar no pombo e torcer-lhe o pescoco, nem tendo carro para o atropelar, a unica outra solucao que me ocorreu era esmaga-lo. a anne (rapariga de prai 1.90m) disse que nao queria ver, e recusou-se de pis'a-lo embora eu pense que realmente os pes dela (43 e de botas) seriam melhores que os meus (37 e de sapatilhas).
Coloquei um saco por cima dele e saltei. Era mole mas nao estalou.
ele mexeu-se.
terror (fuck! oh shit, ahhh its still alive.) nao tinha conseguido. Saltei outra vez. mexeu-se de novo (mais berros). Saltei outra vez e continuei ate achar que "ja estava".
Depois fiz a dancinha que faco qdo algo me mete tanto nojo que fico histerica- correr, saltar, abanar as maos e cabeca (como se "para libertar os maus espiritos"), berritos "ewwwwwww ewww ewww". e deitar a lingua para fora.
Continuei a sentir o pombo debaixo dos meus pes e o desejo de o ouvir a estalar, o desejo de que fosse uma morte certa e rapida como quando se mata uma barata.
Quando olhei para cima estavam uns tipos a ver.
Apareceram por causa dos berros, imagino eu, e pelos vistos viram tudo. Um deles disse "that was the sexiest thing I ever saw".
(nao tive resposta)
A anne pegou no bichito e deitou-o nos arbustos (nao h'a caixotes de lixo).
Voltamos.
Disseram que tive coragem. Nao me pareceu a palavra adequada.
Sonhei com terroristas shiitas (acordei com esta palavra na boca, e sinceramente nao sei quase nada sobre shiitas, nem sequer tenho a certeza se "terrorizam"), que de vez em quando apareciam na cidade (nao esta mas onde morava no sonho) e disparavam sobre nos, mas nao com intuito de matar. Ninguem se magoava. Apenas simulavam terrorismo e nos o simulavamos o medo como vitimas. Era como um jogo. So desparavam sobre nos quando havia um sitio para nos proteger. Todos os objectos, bancos, arvores eram a prova de bala. escondi me atras de um banco de jardim com um tipo de rastas com quem conversei sobre a situacao enquanto "atacavam".
Como os taggers que escrevem o seu nome em toda a parte, eles pelo desenho das balas marcavam o seu territorio.
Depois de irem embora a cidade voltava a normalidade.
Ora bem.
Acabou a horinha do storytelling.
O angolano 'e um xungas porque vai a gronigen e disse que ia comigo mas nao esperou nem avisou.
Bom fim de semana queriduchos.
dont worry baby, foi coisa do momento, mais fim de semanas mishas teremos, detsa vez, AMESTERDÃO!!!!
ReplyDeleteque bravura. eu acho que lhe cortava a cabeça com uma pá...
ReplyDeletegostei o "sexiest thing..."
luv u
Isto foi muito Phoebe Buffay meets Existenz...
ReplyDeleteisto foi masé uma viagem de comboio muito cara, quase podia comprar um iPod shufle... suspiro.
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